Entenda a coronafobia: quando o medo da COVID-19 passa do limite Saúde Mental
Home > Matérias > Saúde Mental > Entenda a coronafobia: quando o medo da COVID-19 passa do limite

A pandemia gerou um cenário de medo e incertezas. Vivemos um momento em que qualquer mal-estar ou tosse suscitam preocupações exacerbadas: é COVID-19 ou gripe? Há um constante medo de ser infectado ou de infectar outras pessoas, além de sofrimento pela possibilidade de perder um amigo, alguém da família ou até mesmo o emprego, devido aos problemas econômicos que a pandemia acentuou.
Esse contexto de incertezas fez surgir um novo termo, coronafobia, descrito pela primeira vez em dezembro de 2020, num estudo publicado pelo Asian Journal of Psychiatry, para designar uma ansiedade grave causada pela condição pandêmica.
.png)
Para se ter uma ideia, nos meses de abril e maio de 2020 oito entre dez brasileiros já sofriam de algum transtorno de ansiedade; eram os primeiros meses da pandemia, quando houve o aumento das mortes pelo novo coronavírus. Os dados foram revelados por uma pesquisa feita na ocasião pelo Ministério da Saúde com 17,5 mil brasileiros entre 18 e 92 anos de idade.

Preocupação exagerada, que chega a causar prejuízos nos relacionamentos, nas atividades profissionais e nas atividades do dia a dia, são os primeiros sinais de que alguma coisa está errada. Portadores de coronafobia tendem a ter comportamentos de controle, como aferir a frequência cardíaca, a saturação ou a temperatura muitas vezes ao dia; ir ao médico com frequência apenas para garantir que não está doente; fazer teste nas farmácias várias vezes; e até mesmo ferir a mão devido ao excesso de higiene.

Em termos cognitivos, a pessoa fica pensando obsessivamente no pior, que vai se contaminar ou contaminar sua família. No âmbito emocional, os sintomas mais predominantes são tristeza, culpa, medo de perder o emprego ou o medo de contaminar e levar a óbito seus familiares.Esses são alguns sinais de que a ansiedade está fora de controle e é preciso procurar um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento.
Ainda não há um diagnóstico formal da coronafobia, que, por ser muito recente, não consta nas classificações diagnósticas utilizadas pelos médicos profissionais da área. Ainda assim, a fobia pode ser tratada com ajuda de psicólogos e psiquiatras. Lembre-se também de que há caminhos para se viver melhor em meio à pandemia.
Caso precise de ajuda, procure o apoio da Iniciativa Única Mente, do Programa Saúde Ativa, para prevenir, diagnosticar e tratar doenças que afetam a saúde emocional. Clique aqui para saber mais e participe.
Artigos Relacionados
Síndrome Pós-COVID: sequelas, causas e tratamento
Gripe ou COVID-19? Entenda as principais diferenças entre as doenças respiratórias e saiba como evitá-las
Qual é a máscara ideal para se proteger da COVID-19?
