Dificuldades na amamentação: saiba como superá-las e oferecer o melhor alimento ao seu bebê Saúde da Mulher
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Amamentar é um ato intuitivo, mas nem sempre é fácil. Para que o aleitamento aconteça da forma mais natural possível, é importante que as mães estejam informadas para saber lidar com as dificuldades que podem surgir nesse período. Só assim, a mãe e seu bebê poderão usufruir de todos os benefícios oferecidos pelo aleitamento materno, como citamos no infográfico sobre o Agosto Dourado.
O ideal é que a preparação para a amamentação comece ainda no pré-natal e siga até o nascimento do bebê, e o foco deve estar no apoio emocional à futura mamãe.
Diversos mitos rondam o aleitamento materno, por isso é muito importante buscar informação sobre o tema desde a gestação. A anatomia da mama é diversificada entre as mulheres e não existe mamilo “normal” ou “anormal”, cada uma possui sua singularidade. Os mamilos — ou o “bico do peito” — podem ser classificados em:
Importante ressaltar que toda mulher consegue amamentar, independentemente do tipo de mamilo que apresenta. Durante a gestação, alguns hormônios — como os esteróides sexuais prolactina, ocitocina, entre outros — atuam no preparo das mamas e dos mamilos de forma fisiológica. Com o auxílio de um profissional da saúde durante o pré-natal até o pós-parto, a mama estará preparada, de acordo com o seu tipo de mamilo, para a amamentação sem complicações.
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Algumas técnicas de preparo de mamas para aumentá-las e fortalecê-las durante a gravidez não estão sendo mais recomendadas. O próprio corpo, de forma natural, se encarrega dessa preparação.
Não é mais aconselhado esfregar os mamilos com buchas ou toalhas ásperas, porque isso pode ser prejudicial para a pele do mamilo e a aréola.
Exercícios de esticar o mamilo com os dedos podem induzir a produção de ocitocina, hormônio que estimula a contração. E, para as mulheres que correm risco de aborto, o estímulo pode acarretar um parto prematuro, ou mesmo um aborto.
O uso de conchas ou sutiãs com um orifício central para alongar os mamilos também não tem se mostrado eficaz, assim como o uso de cremes hidratantes.
Por outro lado, uma técnica eficaz e simples que contribui para o fortalecimento da pele e proteção contra fissuras é o banho de sol nas mamas por 5 a 10 minutos. O recomendado é fazê-lo antes das 10 horas da manhã e após as 4 horas da tarde, sempre usando protetor solar. Além disso, o uso de sutiã adequado ajuda na sustentação das mamas, já que na gestação elas aumentarão de tamanho logo nos primeiros meses.
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Algumas dificuldades na amamentação são bastante comuns. Veja quais são as causas e soluções sugeridas pelo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, uma publicação do Ministério da Saúde.
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Devido à sensibilidade das mamas, é normal surgir incômodo nos primeiros dias da amamentação. A lactante deve se manter atenta à dor, que deve desaparecer até a segunda semana de aleitamento. Se a dor persistir por mais tempo, a mãe deve ser examinada o quanto antes para evitar problemas como fissuras, que podem ter diferentes causas: uma pega (encaixe da boca do bebê no peito da mãe) inadequada, o uso de cremes e loções nos seios, bico de silicone ou o uso incorreto da bomba de extração. Deixar de secar o leite vazado, mantendo o seio úmido em contato com qualquer tipo de tecido, também pode rachar os mamilos.

Verifique se a pega está correta. A boca do bebê deve estar bem aberta, o nariz em frente ao bico do seio, os lábios virados para baixo e o queixo encostado no seio. Já a aréola (área escura em volta do mamilo) deve aparecer mais acima do que abaixo da boca da criança. Para diminuir a dor, varie a posição das mamadas e comece com o peito menos machucado. Se o bico rachar, use apenas água para limpar uma vez no fim do dia. Não passe o leite e nem qualquer outro alimento ou cosmético.
Quando não são cuidadas corretamente, as fissuras ou rachaduras podem evoluir para a mastite, que aparece com os sintomas de inflamação, inchaço, dor e vermelhidão no peito. Nos casos graves também pode provocar febre e mal-estar geral. Uma mama não esvaziada totalmente é outro risco para o problema.
