Falar e escutar sobre sentimentos e emoções, mesmo ainda sendo um tabu, é o primeiro passo para cuidar da Saúde Emocional.
Esse mês é o escolhido pela OMS para ser o mês da prevenção ao suicídio e conversar abertamente sobre pensamentos suicidas pode salvar vidas.
Apenas 1 em cada 4 pessoas que cometeram suicídio buscaram ajuda profissional anteriormente.
Estar perto é estar junto. Se você acredita que a pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha, sua companhia também pode ser bem-vinda e muito importante:
Compreenda o que o outro está passando e valide seus sentimentos.
Cada passo deve ser celebrado. Transtornos emocionais também podem ser incapacitantes, pequenas conquistas – como tomar banho ou se levantar da cama, em casos de depressão, por exemplo – devem ser reconhecidas e exaltadas.
Sintomas emocionais podem ser sinais de alguma doença e por isso requer cuidados, medicação e acompanhamento profissional, assim como qualquer outra.
É muito frequente que pessoas que não sofrem de transtornos emocionais ofereçam soluções simples ou frases encorajadoras, como “você vai sair dessa” ou “pense positivo”. Por mais que exista uma boa intenção por trás, esse tipo de conselho não é útil para quem está passando por um momento difícil…
“Pense em pessoas em situação de rua” ou “imagine quem perdeu toda a família para a COVID” não são comparações que vão ajudar. A culpa é um sentimento muito presente em quem sofre emocionalmente, e, ao fazer esse tipo de comentário, você contribui para que esse sentimento cresça, tornando a situação ainda mais complicada.
Não é raro que pessoas, mesmo sem conhecimento de causa, opinem sobre a eficácia ou se realmente há necessidade de fazer uso da medicação. Essa postura reflete o preconceito que existe em relação à doença, o que dificulta o debate e, sobretudo, a prevenção ao suicídio.
“Mas você parecia tão bem na semana passada, tem certeza que não é besteira?” Diante do desafio que ela já está enfrentando, provar a veracidade da doença não deveria ser uma de suas preocupações. Oscilações de humor podem existir e um sorriso não implica dizer que as coisas estão bem.