Perguntas e respostas sobre o parto humanizado Saúde Ativa

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Parto humanizado tem a ver com respeito e autonomia – não necessariamente com local ou modalidade do parto. Uma cesárea, por exemplo, pode ser humanizada também. O mais importante, na prática, é que todos os envolvidos auxiliem a gestante para que esse seja um momento lembrado com alegria.
Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado no Journal of Affective Disorders, observou que existe uma relação entre depressão pós-parto e situações em que houve intervenções médicas desnecessárias. De acordo com a pesquisa, mulheres que fizeram má avaliação do atendimento têm até duas vezes mais probabilidade de apresentar sintomas depressivos do que aquelas que tiveram uma boa experiência com sua equipe médica. A seguir, entenda os benefícios de um parto humanizado:

Parto humanizado é parto normal? Não. Para que um parto seja humanizado é preciso que a autonomia da mulher seja levada em conta e isso independe do tipo de parto. Tanto um parto vaginal quanto uma cesárea são possíveis de ocorrer com atendimento humanizado.
	Parto humanizado é parto em casa? Não. Parto humanizado não necessariamente diz respeito sobre o lugar em que ele vai acontecer – mas sim sobre o atendimento que pessoas gestantes recebem durante o procedimento. Partindo dessa premissa, você pode ter um parto humanizado em casa e também no hospital.
O parto humanizado é possível em qualquer situação? Sim. Mesmo em situações de emergência é possível humanizar o atendimento de alguma maneira. Quando compreendemos que a humanização é uma conduta, conseguimos aplicá-la a qualquer situação.
	Como posso buscar um parto humanizado? Se informando, procurando profissionais alinhados com essa conduta e trocando informações com outras pessoas que já vivenciaram essa experiência. Você também pode procurar conteúdos a respeito, assistir a vídeos no YouTube e até mesmo a documentários que sejam confiáveis e com fundamentos científicos.

Um ótimo recurso para que os desejos da pessoa gestante sejam respeitados é o Plano de Parto. É uma carta, com validade legal, recomendada e reconhecida pelo Ministério da Saúde, em que a pessoa deve expressar seus desejos e os cuidados que quer receber, para si e para o seu filho, no momento do parto e no pós-parto imediato, e entregar à equipe responsável pelo parto. Neste plano, deve-se mencionar suas preferências em relação a situações como:

No entanto, não existe uma regra ou um plano de parto padrão. O ideal é que o plano do parto seja construído durante a gestação, à medida que as dúvidas sejam sanadas e as preferências, escolhidas. A equipe que  lhe atenderá deve receber o plano de parto, lê-lo e, sempre que possível, seguir os desejos. Qualquer ação que precise ser tomada e que fuja do que está descrito no Plano de Parto deve ser informada de forma clara.

Lembre-se: nem sempre os planos vão sair como desejado, a prioridade sempre vai ser a saúde da gestante e do bebê. É importante que a equipe conheça seus desejos e se comunique o tempo todo, à medida que o parto for evoluindo e a família esteja preparada para a mudança de rota, caso seja necessário. Muitas pessoas acabam desenvolvendo até depressão pós-parto, motivadas pela frustração de um parto que não foi como o idealizado. 

Parto Adequado

O Brasil é apontado pela OMS como um dos líderes em cesáreas no mundo.

Com o objetivo de diminuir esse índice, o projeto Parto Adequado, desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI), com o apoio do Ministério da Saúde, tem o objetivo de identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto vaginal e reduzam o percentual de cesarianas sem indicação clínica na saúde suplementar.

Essa iniciativa visa ainda a oferecer às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós-parto, considerando-se a estrutura e o preparo da equipe multiprofissional, a medicina baseada em evidência e as condições socioculturais e afetivas da gestante e da família. A SulAmérica incentiva e apoia este projeto!

Para apoiar a gestação de nossas beneficiárias oferecemos a iniciativa Futura Mamãe, do Programa SulAmérica Saúde Ativa, que dispõe de uma equipe para cuidar, orientar e tirar suas dúvidas durante a gestação até o sexto mês do bebê. Saiba mais clicando aqui.

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