Parto adequado: o parto ideal para a sua saúde Saúde da Mulher
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Informação é a chave para uma decisão consciente
Entenda por que o parto vaginal é recomendado pelas políticas de saúde como uma opção mais vantajosa. Na fase de preparação para o recebimento de um novo membro da família, é importante conhecer mais sobre os tipos de parto e sobre os desejos da pessoa gestante para este momento especial. Entenda aqui.
O parto é um evento transformador na vida de quem gesta um bebê, para o qual ter informações corretas é fundamental, desde o início da gestação até o nascimento.
Por isso a importância do pré-natal, que vai além de exames – é nessa fase que se recebe orientações e informações sobre a gravidez e a possibilidade de escolhas para o parto.
Parto adequado
O parto adequado é aquele que é seguro e mais saudável para quem está gestante e para o bebê, e, nesse contexto, o parto vaginal, também conhecido como parto normal, oferece maior segurança e consequentemente menor risco de complicações e infecções. O parto cesáreo é um procedimento cirúrgico de médio porte e, como todo procedimento invasivo, possui seus riscos, que devem ser avaliados.
O governo federal criou políticas de saúde através do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento e a Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal apoiando o parto adequado à população. Entenda por quê:
Benefícios do parto vaginal
Diminui o risco de infecção e complicações cirúrgicas para a mãe
Rápida recuperação e alta precoce do hospital
Reduz o desconforto respiratório do bebê no momento da sua chegada
Sem cicatriz
Ajuda na formação da flora intestinal do bebê
Estimula a amamentação
Favorece a criação do vínculo materno, com o contato pele-a-pele imediatamente após o parto
E a cesariana?
O parto cesárea, aquele que é feito cirurgicamente, pode ser necessário no caso de alguma complicação, mas deve ser feito com os motivos certos e por indicação clínica.
Embora a cesariana seja um procedimento muito seguro e as complicações sejam cada vez mais raras, ele deve ocorrer apenas em casos de indicação médica, quando o bebê ou a gestação impossibilitar o parto vaginal.
Se tudo estiver bem com mãe e com o bebê, a OMS recomenda que o parto vaginal seja a opção natural.
Você sabia que vivemos uma epidemia de cesarianas no Brasil?
10 a 15% é a taxa ideal de cesáreas ideais segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)
36% das mulheres desejam a cesariana no início da gravidez, no atendimento da rede privada
85% dos partos em serviços privados no Brasil são cesáreas
67% delas dá preferência à cesárea ao final da gestação, como aponta a pesquisa “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre o parto e o nascimento”, da Fiocruz
O excesso de cesarianas sem indicação clínica é um problema por diferentes motivos, em especial pelos riscos desnecessários à saúde de quem está gestante e bebês. Se realizada de forma abusiva, a cesariana se volta contra os objetivos para os quais foi concebida, acarretando um aumento em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplicando o risco de morte da mãe.
Segundo guia do Ministério da Saúde, a cesárea aumenta o risco de hemorragia, infecção e dificuldade na amamentação para as mães, por exemplo. E para as crianças, são maiores os riscos de hipoglicemia, baixo peso ao nascer, necessidade de administração de oxigênio após o parto e internação em UTI Neonatal, muitas vezes em função da maior prematuridade associada a cesáreas realizadas antes do início do trabalho de parto. E vale dizer que, para mães e para os bebês, são maiores os riscos de morte.
Estão relacionados à prematuridade:
25% dos óbitos neonatais
16% dos óbitos infantis
Prós e Contras
Independentemente do tipo de parto, é fundamental informar a todas as pessoas que estão grávidas, ou que planejam uma gravidez, sobre os benefícios e desvantagens, para que elas sejam atuantes e protagonistas no processo e possam exercer seus direitos.
Os profissionais de saúde devem orientar e auxiliar a pessoa gestante nesse processo, compartilhando a responsabilidade sobre o assunto e ajudando-a na tomada de decisão, priorizando sempre a saúde do binômio: gestante e bebê.
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