Novo estudo de monitoramento da prevalência do TEA Saúde da Criança
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O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA produziu em 2021 um relatório sobre o monitoramento e vigilância do Transtorno do Espectro Autista, sendo esse o mais recente dos relatórios publicados bienalmente.
Neste relatório encontram-se dados da prevalência e características do TEA em crianças de 8 anos de idade. Esses dados foram obtidos em 2018, a partir dos registros e avaliações de serviços médicos e educacionais de 11 comunidades no país.
Para estimar a prevalência foram analisados:
Idade
Localidade
Sexo,
Raça/ Etnia
Capacidade cognitiva
Status socioeconômico do bairro das crianças.
A partir desta análise foram encontrados os seguintes achados:
Esta prevalência foi semelhante entre os grupos raciais e étnicos, sendo ligeiramente maior em crianças indígenas e menor em hispânicas do que brancas ou negras.
A idade média do primeiro diagnóstico variou de 36 meses a 63 meses (média de 4 anos e 2 meses de idade)
Ao avaliar a o QI (coeficiente de Inteligência), 35,2% foram classificadas com QI menor ou igual a 70, sem diferença quanto ao sexo.
Crianças com TEA e QI menor ou igual a 70 foram mais propensas a serem avaliadas precocemente em comparação com crianças com QI superior a 70.
Conclusões:
No histórico desse monitoramento observou-se que a prevalência do TEA vem aumentando significativamente: de 1 a cada 150 em 2002, para 1 a cada 54 em 2016 e 1 a cada 44 em 2018.
A proporção de crianças com deficiência intelectual diminuiu para 1/3 neste mesmo período, havendo maior prevalência de deficiência em negros, o que foi associado a dificuldade de acesso ao diagnóstico e serviços para o TEA.