Cuidados com o Corpo em meio à Pandemia Epidemias
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A mudança de rotina causada pelo distanciamento social, em vez de trazer o ócio, nos trouxe uma sobrecarga de ocupações, deixando pouco tempo para cuidarmos do corpo. Os efeitos negativos podem ir de ressecamento da pele a fissuras, que podem servir de porta de entrada para vírus e bactérias.
Portanto, além da agressão sofrida pelas mãos com o constante uso de álcool em gel, produtos de limpeza e a lavagem frequente com água e sabão, também devem ser observadas as medidas preventivas com o resto do corpo. Veja como não deixar alguns hábitos de lado neste período!
LIMPEZA DIÁRIA
A higienização adequada do rosto deve ser feita todos os dias para remover oleosidade, resíduos de maquiagem e poluição – fatores que obstruem os poros e, com isso, contribuem para o aparecimento de acne e cravo, além de acelerar o envelhecimento da pele. Mesmo durante o isolamento social, período em que estamos ficando mais tempo dentro de casa, o ritual de limpeza deve ser mantido, já que o estresse e a alimentação também estimulam a oleosidade.
Lave o rosto de manhã e à noite com um sabonete adequado para seu tipo de pele.
Pele oleosa e mista: o sabonete deve ser líquido ou em gel e apresentar propriedades adstringentes, que ajudam na limpeza profunda dos poros e na remoção da oleosidade.
Pele seca e normal: escolha um sabonete líquido com pH neutro e ingredientes hidratantes.
HIDRATAÇÃO COMPLETA
Assim como o sabonete, o hidratante facial aplicado após a higienização do rosto deve ser apropriado para seu tipo de pele. No restante do corpo, principalmente nas regiões ásperas, como joelhos, calcanhares e cotovelos, use um hidratante corporal para combater o ressecamento, que, dependendo do estágio, pode provocar irritações, inflamações e evoluir para fissuras.
Tome banho com a água entre morna e fria. A água muito quente, assim como o uso de produtos inadequados e agressivos, remove a oleosidade natural da camada mais externa da pele. Outra recomendação é usar hidratante logo após o banho para que o vapor facilite a absorção do creme.
PROTEÇÃO REDOBRADA
A medida de higienizar as mãos com frequência, essencial no combate ao coronavírus, resseca a pele, especialmente com o uso do álcool em gel. A substância alcoólica, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, remove o manto hidrolipídico (tipo de filme natural de proteção) e deixa as mãos irritadas, o que pode provocar vermelhidão, descamação, ardência, coceira e até rachaduras.
Para amenizar o ressecamento, a American Academy of Dermatology recomenda aplicar hidratante nas mãos depois do álcool em gel, assim que ele secar. Isso não compromete a eficácia da higienização e mantém a pele mais hidratada. Mesmo assim, reserve o álcool em gel para quando você estiver fora de casa.
Em casa, use água e sabão. A dupla também agride a barreira cutânea, mas de maneira menos intensa, principalmente se você usar um sabonete formulado com ingredientes hidratantes, além de água de morna a fria. Não esqueça: a lavagem das mãos deve durar no mínimo 20 segundos. Seque-as levemente com uma toalha e, em seguida, aplique um creme hidratante exclusivo para essa região, de preferência com óleos minerais, ceramidas ou vitamina E, e sem fragrâncias.
Outro cuidado é proteger as mãos com luvas de borracha ao usar produtos de limpeza, como água sanitária e álcool. Atenção: cuidado com o álcool em gel na cozinha. Não aplique o produto nas mãos antes de cozinhar. O procedimento aumentou os casos de queimaduras durante a pandemia, segundo o Hospital das Clínicas. Mesmo depois de seco, o álcool em gel é altamente inflamável. Higienizar superfícies da cozinha (pia e fogão) com álcool líquido também é perigoso, já que existe o risco de explosão.
PROTETOR SOLAR DENTRO DE CASA
Mesmo dentro de casa, o uso de protetor solar é indispensável tanto no rosto como nas mãos. As luzes das telas de computador, celular e televisão e as das luminárias penetram na pele e podem ser tão nocivas quanto os raios solares UV (ultravioletas), favorecendo o aparecimento de manchas, pintas, sardas, rugas e, em casos mais graves, tumores. Opte por um filtro com fator de proteção 30, e, no caso de você se expor diretamente ao sol, a Sociedade Brasileira de Dermatologia também recomenda proteger o rosto com chapéu e óculos escuros.
A ansiedade e o estresse gerados pela pandemia podem alterar a aparência do cabelo, além de provocar a queda. Outro motivo para os fios caírem é uma alimentação pobre em vitaminas e minerais. Já os alimentos ricos em gordura aumentam a oleosidade do couro cabeludo.
Para manter o cabelo saudável, lave-o com shampoo e condicionador. A frequência depende do tipo. Para quem tem tendência à oleosidade, a recomendação é lavar todos os dias, diferente de quem tem os cabelos mais secos, que pode fazer isso em dias alternados ou apenas três vezes na semana.
Aplique o shampoo no couro cabeludo e massageie por até 2 minutos, antes de distribuir o produto nos fios. Já o condicionador deve ser usado com moderação, apenas no comprimento. Aproveite o tempo em casa para evitar o uso de secador ou chapinha e assim dar um descanso ao cabelo.
OUTRAS DICAS IMPORTANTES
Hidrate os fios regularmente para repor nutrientes
Se pintar o cabelo em casa, prefira produtos sem amônia
Evite dormir com os cabelos molhados para evitar caspa e frizz
CUIDADOS EXTRAS DURANTE A PANDEMIA
Prenda o cabelo quando precisar sair de casa para não ter que mexer nos fios com as mãos
Lave o cabelo, a barba e o bigode com shampoo quando voltar da rua
Mantenha barba e bigode limpos e aparados para evitar a permanência de vírus e bactérias e ajustar melhor a máscara no rosto.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda cuidados especiais com as unhas. Formadas por queratina, precisam estar sempre saudáveis e hidratadas para evitar o surgimento de infecções e doenças na região. Mais recomendações:
Mantenha as unhas curtas. O cuidado diminui o risco de acúmulo de sujeira e facilita a higienização das mãos, principalmente durante a pandemia.
Utilize lixa de unha de uso pessoal e descartável.
Evite retirar a cutícula com alicate, pois isso facilita a entrada de bactérias e vírus no organismo.
Deixe as unhas sem esmalte por um tempo, no mínimo uma semana por mês, para reduzir o ressecamento e enfraquecimento.