Setembro Amarelo: ações para a prevenção do suicídio Saúde Mental
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Saiba o que fazer – e o que deve ser evitado – ao lidar com pessoas deprimidas
Precisamos falar sobre o suicídio. Durante o Setembro Amarelo, o mês de conscientização sobre a prevenção de suicídio, nos voltamos para uma cartilha elaborada pelo Ministério da Saúde, reunimos alguns números sobre os casos no Brasil e no mundo, alertando sobre comportamento de risco e indicando o que fazer – e não fazer – para ajudar pessoas com alguma tendência suicida.
Tentativa prévia de suicídio
50% das pessoas que se suicidam já haviam tentado previamente
Doença mental
A maioria dos suicidas possui uma doença mental, nem sempre diagnosticada. As mais comuns são: depressão, transtorno bipolar, alcoolismo, abuso ou dependência de drogas
Ao saber dos números de suicídio no Brasil, os principais riscos e a maior incidência em jovens, confira atitudes que você pode – ou não pode – tomar para ajudar pessoas com comportamento suicida:
Uma escuta ativa, sem cobranças, é uma maneira de acolhimento. Estar disponível para ouvir tem um grande valor e mostra que a pessoa não está sozinha.
Um quadro emocional pode vir acompanhado de oscilações de humor. Mantenha a calma quando houver dias de piora e compreenda as limitações que o paciente apresenta nessas circunstâncias.
Há gestos que valem mais do que palavras. Se não sabe o que dizer, como conversar, um simples abraço pode demonstrar seu afeto e preocupação por quem está vivenciando uma depressão.
Um comentário sobre suicídio nunca deve ser ignorado. Caso esteja ao seu alcance, comunique o terapeuta ou psiquiatra responsável. Se a pessoa ainda não tiver um acompanhamento, aproveite para estimulá-la a buscar ajuda médica.
Estar perto é estar junto. Se você acredita que a pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha e peça ajuda a serviços de emergência como o 188, telefone do Centro de Valorização da Vida (CVV). Sua companhia também pode ser bem-vinda em outras ocasiões, como em um acompanhamento médico, por exemplo.
Compreenda o que o outro está passando e valide seus sentimentos.
Cada passo deve ser celebrado. Doenças mentais também podem ser incapacitantes, pequenas conquistas – como tomar banho ou se levantar da cama, em casos de depressão, por exemplo – devem ser reconhecidas e exaltadas.
Sintomas emocionais podem ser sinais de alguma doença e por isso requer cuidados, medicação e acompanhamento médico, assim como qualquer outra.
É muito frequente que pessoas que não sofrem de doenças emocionais ofereçam soluções simples ou frases encorajadoras, como “você vai sair dessa” ou “pense positivo”. Por mais que exista uma boa intenção por trás, esse tipo de conselho não é útil para quem está passando por um momento difícil...
Não é raro que pessoas, mesmo sem conhecimento de causa, opinem sobre a eficácia ou se realmente há necessidade de fazer uso da medicação. Essa postura reflete o preconceito que existe em relação à doença, o que dificulta o debate e, sobretudo, a prevenção ao suicídio.
“Pense em pessoas em situação de rua” ou “imagine quem perdeu toda a família para a COVID” não são comparações que vão ajudar. A culpa é um sentimento muito presente em quem sofre emocionalmente, e, ao fazer esse tipo de comentário, você contribui para que esse sentimento cresça, tornando a situação ainda mais complicada.
“Mas você parecia tão bem na semana passada, tem certeza que não é besteira?” Diante do desafio que ela já está enfrentando, provar a veracidade da doença não deveria ser uma de suas preocupações. Oscilações de humor podem existir e um sorriso não implica dizer que as coisas estão bem.
Os beneficiários do SulAmérica contam com o atendimento a distância durante a pandemia. Se você não estiver se sentindo bem ou precisa conversar com alguém, os especialistas em psiquiatria e psicologia estão disponíveis através de iniciativas como Única Mente e Psicólogo na Tela.