Setembro Amarelo: Todos podem ajudar na prevenção ao suicídio Saúde Mental
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![INFOGRÁFICO Setembro amarelo: todos podem ajudar na prevenção ao suicídio Informar para prevenir: essa é a máxima da Cartilha para Prevenção ao Suicídio. Quanto mais informação disponível, maiores são as chances de combater o ato que, anualmente, é responsável por cerca de 800 mil mortes no mundo. Somente no Brasil, 32 pessoas tiram a própria vida diariamente, e mais da metade delas faz isso dentro de casa, o que configura o suicídio como a terceira maior causa de morte no país, perdendo apenas para homicídios e acidentes de trânsito. As estatísticas não param por aí: estamos entre os dez países que registraram elevados números de suicídios, mas esse número poderia ser maior se mais tentativas de cometê-los se concretizassem, elevando de 10 a 20 vezes o índice. ● Suicídio provoca 800 mil mortes no mundo, todo ano ● 32 é o número de pessoas que tiram a própria vida diariamente no Brasil ● 3ª maior causa de morte no país: o suicídio fica atrás somente de homicídios e acidentes de trânsito Atualmente, a preocupação deve ser redobrada, tendo em vista que as estatísticas apontam para uma piora da saúde mental da população em geral devido à pandemia causada pelo coronavírus. É importante ressaltar que a maioria dos suicídios (nove a cada dez) podem ser evitados. É o que prega a campanha do Setembro Amarelo, criada em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida) para conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio. O primeiro passo para a prevenção é reconhecer sinais de tendência suicida em nós mesmos ou em uma pessoa próxima. [INFOGRÁFICO AS PRINCIPAIS VÍTIMAS Saiba por que gênero, raça e idade podem ser relacionados às tendências suicidas, e como reconhecer sinais para ajudar na prevenção: ● Homens e mulheres Os homens são três vezes mais suscetíveis a cometer suicídios do que as mulheres, principalmente homens negros. Vulnerabilidade financeira e social, além da falta de informação sobre depressão estão entre os motivos para o suicídio. Outro fator de risco é o uso abusivo de álcool e outras drogas. Por outro lado, são as mulheres que mais tentam tirar a própria vida. O que impede a maioria delas de chegar a um desfecho ruim, segundo especialistas, é o fato de normalmente contarem com uma rede de apoio emocional formada pela família e pelos amigos. Além disso, as mulheres costumam procurar ajuda de um profissional, atitude menos comum entre os homens. + de 330 mil registros de violência autoprovocada foram registrados no Brasil, entre 2011 e 2018 Números do Ministério da Saúde mostram que entre 2011 e 2018, em todo o Brasil, foram 339.730 registros de violência autoprovocada, ou seja, ideação suicida, automutilações, tentativas de suicídio e suicídio. No período, mulheres foram 67% das vítimas desses casos registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). ● Jovens e idosos A terceira idade é a faixa etária em que mais ocorrem suicídios, principalmente após os 70 anos. Os motivos costumam ser: perda de parentes, solidão, tristeza profunda e diagnóstico de doenças degenerativas acompanhadas de dor e sensação de ter se tornado uma pessoa dependente de outras. O diagnóstico positivo para a COVID-19 e o isolamento social podem potencializar de duas a três vezes o risco de suicídio nessa faixa etária. 2ª principal causa de morte entre a população entre 15 e 29 anos, o suicídio fica atrás apenas de acidentes de trânsito. Porém, o número de jovens que tira a própria vida é cada vez maior. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre a população entre 15 e 29 anos, ficando atrás apenas de acidentes de trânsito. Nessa fase, as razões que podem levar ao suicídio são ainda mais complexas: vão desde problemas emocionais e financeiros, familiares e sociais, uso de álcool e outras drogas, abuso físico e sexual até humor depressivo, que podem ser agravadas neste período de pandemia. ● Crianças e adolescentes Há casos de suicídio na infância, ainda que poucos. Porém, na adolescência, o suicídio aparece como um dos problemas mais sérios de saúde pública no mundo. Para que possam ajudar na prevenção, os adultos devem observar atentamente a criança ou adolescente para tentar identificar sinais de alerta. Veja também nosso conteúdo para evitar que a quarentena afete a saúde emocional das crianças. Fique atento aos sinais: • Irritação ou agitação excessiva • Sentimento de tristeza, baixa autoestima e impotência • Medo de perder uma pessoa querida • Tentativas prévias de suicídio • Relatos de violência psicológica (humilhação, agressões verbais), física, sexual ou negligência • Problemas de saúde mental do adolescente e/ou de seus familiares, especialmente depressão e ansiedade • Uso de álcool e/ou outras drogas • Histórico familiar de suicídio • Ambiente familiar hostil • Falta de suporte social e sentimentos de isolamento social • Sofrimento e inquietações sobre a própria sexualidade • Interesse por conteúdos de comportamento suicida ou autolesão em redes sociais virtuais PRINCIPAIS FATORES DE RISCO Tentativa prévia A possibilidade de concretizar o suicídio é cerca de cem vezes maior em pessoas que já haviam tentado isso antes, mesmo que uma única vez. Portanto, a tentativa prévia é considerada o principal fator de risco para a efetivação do suicídio e serve como alerta máximo para a existência de distúrbios mentais. Distúrbios mentais Praticamente todas as pessoas com tendência suicida apresentam doenças mentais, muitas vezes não diagnosticadas ou não tratadas da maneira adequada. E a comorbidade (ocorrência de duas ou mais doenças) agrava a situação de risco para o suicídio, segundo a cartilha Suicídio – Informando para Prevenir, produzida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). As doenças mentais mais comuns: - Depressão - Transtorno de humor bipolar - Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas - Esquizofrenia e outros transtornos de personalidade Desesperança, desespero, impulsividade e desamparo São emoções fortemente associadas à tendência suicida, especialmente quando surgem de maneira combinada. A atenção de amigos e familiares é crucial, principalmente se a pessoa se isola inclusive virtualmente (não responde mensagens de WhatsApp, não atende chamadas de vídeo e deixa de interagir nas redes sociais) ou se mostra depressiva, perdendo o interesse pelas coisas que tinha prazer em realizar. Doenças não psiquiátricas A frequência do suicídio aumenta em pessoas com doenças crônicas graves, em especial nos primeiros meses do diagnóstico ou quando o tratamento não tem o sucesso esperado. Muitas delas desenvolvem distúrbios psiquiátricos em conjunto. Quais são essas doenças? - Câncer - Aids - Doenças neurológicas - Doenças cardiovasculares - DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) - Doenças reumatológicas Histórico familiar Quem apresenta histórico familiar de suicídio, principalmente quando ocorrido com o parceiro/a, esposa ou marido, tem maior probabilidade de repetir o ato. Os componentes genéticos e ambientais também reforçam a tendência suicida. Fatores sociais Quanto menos laços sociais, maior é o perigo de suicídio. Aliás, a solidão está entre os principais fatores de risco de suicídio. O isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus também tem obrigado muita gente a viver sozinha. Por isso, mesmo a distância, tente estabelecer contato com seus familiares e amigos, evitando o sentimento de solidão. INFOGRÁFICO] Prevenção Existem medidas simples para ajudar quem apresenta sinais de risco. ● Converse: esse é o primeiro passo. Ouça com atenção e sem julgamentos. ● Acompanhe: esteja por perto para saber como a pessoa está se sentindo e o que ela está fazendo. ● Incentive a pessoa a procurar atendimento médico ou se ofereça para acompanhá-la: um especialista consegue auxiliar de forma específica. ● Proteja: se houver perigo imediato, não deixe a pessoa sozinha. Busque profissionais de serviços de saúde, entre em contato com alguém de confiança e tire de perto possíveis meios que provoquem morte (armas de fogo, objetos cortantes, medicamentos, pesticidas). Precisa de ajuda agora? A SulAmérica oferece atendimento a distância durante a pandemia. Se você não estiver se sentindo bem ou precisar conversar com alguém, os especialistas em psiquiatria e psicologia estão disponíveis. Acesse o hotsite: https://saudenatela.sulamerica.com.br/ Os voluntários do CVV também estão disponíveis 24 horas por dia para conversar. Ligue no número 188 (o atendimento é gratuito) ou acesse: https://www.cvv.org.br/quero-conversar/ Conheça também a iniciativa Única Mente, que oferece apoio profissional para prevenir, diagnosticar e tratar algumas das doenças que atingem a vida moderna, como ansiedade, depressão, síndrome do pânico e burnout. Acesse e participe: sulamericasaudeativa.com.br Artigos relacionados: Como a Gente Não Percebeu Antes? Atenção à Saúde Mental do Adolescente Como Combater a Depressão na Melhor Idade?](http://painel.programasaudeativa.com.br/images/2020/sulamerica_infografico_setembro_amarelo.png)

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