Saiba Como Lidar Com as Dificuldades de Amamentar Saúde da Mulher
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Um dos desejos das futuras mamães é o de amamentar seu bebê e sentir aumentar a conexão entre eles cada vez mais. Mas, infelizmente, às vezes algumas dificuldades podem atrapalhar esses momentos especiais. Por isso é importante compreendê-las e aprender a lidar com elas. Neste Agosto Dourado, vamos conversar sobre alguns dos problemas relacionados à amamentação.
RACHADURAS NO BICO DO SEIO
O aleitamento não deve ser doloroso; entretanto, muitas mulheres sofrem ao amamentar. Uma das razões mais comuns desse incômodo é a fissura mamária. As fissuras ou rachaduras, como também são conhecidas, provocam dor e, por vezes, sangramento. Em casos mais extremos podem causar infecções na mama.
As fissuras são classificadas assim: pequena (menor que 3 mm), que causa dor no começo da mamada; média (até 6 mm), que faz com que a mãe demore para sentir alívio da dor; e grande (maior que 6 mm), que causa dores intensas. A principal causa das rachaduras é a pega incorreta do bebê no momento da amamentação.
Para a mulher que já está com o mamilo machucado também é importante realizar a pega correta do bebê, além de estar na posição adequada (mãe confortável e bebê com o corpo alinhado, de modo que a cabeça e a coluna estejam no mesmo eixo), expor o seio à luz do sol por aproximadamente 15 minutos ao dia, mantê-los secos e evitar sabonetes, cremes ou pomadas nos mamilos. Além disso, ao notar as fissuras, é preciso consultar um profissional para realizar o tratamento.
MASTITE
É uma inflamação nas glândulas mamárias. Frequentemente ocorre entre a segunda e a terceira semana após o parto, mas pode acontecer em outros períodos também, e em alguns casos pode evoluir para infecção bacteriana. A mastite causa dor, vermelhidão e calor nos seios; entretanto, quando evolui para infecção causa mal-estar, febre acima de 38ºC e calafrios. Em casos mais graves, há secreção e pus. Quando isso acontece, é preciso procurar um profissional de saúde.
Algumas das causas são: mamadas com horários irregulares, uso de chupetas e mamadeiras, não esvaziamento completo das mamas e separação entre mãe e bebê (que interrompe a regularidade das mamadas, levando ao acúmulo de leite nas mamas). Apesar do incômodo, a mãe não precisa parar de amamentar por causa da mastite, e ca/so a mama não esteja vazia mesmo após a mamada será preciso fazer a retirada manual do leite, já que o esvaziamento adequado do s///eio é importante para o tratamento.
ABSCESSO MAMÁRIO
O não tratamento ou tratamento tardio/ineficaz da mastite pode causar o abscesso mamário. É comum que ocorra quando não há o esvaziamento correto da mama afetada pela mastite. O abscesso causa dor intensa, febre, mal-estar e calafrios. Quando apalpado o seio, há a sensação de conter bolhas de ar sob a pele. A ultrassonografia é utilizada para diagnosticar o abscesso e indicar o melhor tratamento.
É importante diagnosticar o problema o quanto antes para evitar a piora, já que em alguns casos mais extremos ele pode até comprometer futuras lactações. A prevenção e o tratamento precoce da mastite previnem o abscesso mamário. Caso o problema aconteça, deve ser tratado rapidamente com acompanhamento profissional. Vale lembrar que a mãe pode continuar amamentando mesmo com a mama comprometida; entretanto, se a dor for muito intensa, é possível interromper temporariamente até que a dor diminua.
Por mais que esses quadros possam parecer assustadores, vale lembrar que podem ser evitados; caso ocorram, podem ser tratados. Para receber orientação preventiva e durante o tratamento de problemas relacionados à amamentação, conheça a Iniciativa Futura Mamãe do Programa Saúde Ativa. Nossos profissionais estão à disposição para ajudar.
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