Mães na pandemia: como cuidar de quem sempre cuidou da gente? Saúde Mental

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No mês das mães, que tal parar e pensar na saúde emocional delas? Pelo segundo ano consecutivo, muitas mães brasileiras têm enfrentado o desafio de acúmulo de tarefas em um contexto de recomendação de isolamento social. A mãe e profissional vive em tempo integral o desafio de conciliar carreira, educação e bem-estar dos filhos e atividades domésticas. 

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita em 2019, aponta que, em média, as mulheres brasileiras dedicam duas vezes mais tempo do que os homens a afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Feita recentemente, uma pesquisa global da empresa de estudos e mercado Ipsos com a ONU Mulheres aponta que a pandemia aumentou o abismo em relação às tarefas não remuneradas, no Brasil e em outros 16 países.

Diante desse cenário, torna-se evidente as necessidades das mulheres que são mães. Pensando nisso, reunimos algumas sugestões que podem tornar o dia a dia dessa mulher – que acabou de se tornar mãe, ou que já tem filhos crescidos – menos exaustivo. 

Devo mudar meus planos de engravidar? Como grávidas podem se proteger da COVID-19? Estou grávida, faço parte do grupo de risco? São muitas as perguntas das grávidas e mulheres que pretendem engravidar durante a pandemia. Para respondê-las, nosso time de especialistas preparou um guia com diversas orientações para uma gravidez tranquila. Clique e leia na íntegra.

O puerpério, período popularmente conhecido como resguardo após o parto, ganhou novos contornos durante a pandemia, quando tem sido chamado de “dupla quarentena”. O puerpério, que tem início com a saída da placenta e vai até a primeira ovulação, costuma durar de seis a oito semanas depois de dar à luz, e é marcado também por uma grande transformação hormonal no corpo da mulher aliada aos cuidados que um recém-nascido demanda.

Uma rede de apoio nesse momento é fundamental; mas com as mães isoladas na pandemia, o que fazer? Mais do que ajudar, os companheiros da mãe que deu à luz sempre podem dividir as tarefas em casa: seja trocando e entretendo o bebê, seja cuidando dos afazeres domésticos. Mulheres durante o puerpério também devem manter contato, mesmo que apenas online, com familiares e amigos para compartilhar as sensações e não se sentirem sozinhas. Considerar fazer terapia pode ser um fator auxiliar nesse momento.

Uma em cada 4 mulheres sofre de depressão pós-parto no Brasil, de acordo com a Fiocruz. Esse dado foi agravado com a situação da pandemia. Mulheres grávidas e no puerpério estão mais vulneráveis a transtornos de humor e ansiedade, como aponta artigo da revista médica JAMA network. Por isso, durante o puerpério, e mesmo após essa fase, é preciso ficar atento aos sintomas da depressão pós-parto, como: ansiedade, ataque de pânico, culpa, descontentamento geral, desesperança e mudanças de humor. Choro excessivo, irritabilidade, perda ou ganho de peso excessivo são sinais de preocupação também.

Em relação às mães com filhos crescidos, as dicas podem ser adotadas por pessoas que as conhecem e que não necessariamente dividem a mesma casa e compartilham de laços consanguíneos. Empatia é a palavra de ordem.

Pergunte a uma mãe como ela está se sentindo. Às vezes, elas não querem incomodar, não relatam suas dificuldades, e os familiares e amigos nem imaginam o quanto elas precisam de auxílio. Ao guardar as emoções e angústias, a sobrecarga tende a ser ainda maior.

Existem muitos grupos de mães que desabafam e ajudam umas às outras, oferecendo ideias e soluções para a rotina. O apoio também pode vir dos vizinhos.

O compartilhamento das tarefas domésticas e de cuidado com crianças é uma das ações mais concretas que podem ser feitas. Se você é o(a) companheiro(a) dessa mãe, seu papel aqui é fundamental. Filhos mais velhos também devem entrar na dinâmica dos cuidados com a casa.

Algumas dicas para mães, filhos e companheiros(as):

Estabeleça prioridades e flexibilize demandas

Casa arrumada ou alimentação saudável? Uma forma de ajudar a ter uma rotina mais saudável é priorizar o que é essencial, distribuindo funções e estabelecendo horários para realização dessas atividades.

Fortaleça vínculos

Tire proveito do tempo com seu filho. Crie atividades colaborativas. Essa é uma oportunidade de aumentar as interações e desenvolver vínculos mais fortes. Vale incluir a arrumação da casa e do quarto nesse convívio. Ou mesmo compartilhar o tempo juntos enquanto fazem uma receita ou praticam algum esporte.

Cuide de si própria

O que faz sua mãe (ou você que é mãe) relaxar? Pode ser a leitura de um livro, escutar músicas, dançar, ver filmes, novelas, meditar, pintar, desenhar, brincar com os filhos, escrever etc.

Os pequenos rituais também têm grande valor. Passe um creme no cabelo ou no corpo; não de forma automática, mas sentindo o perfume, se massageando. Cuide de si e lembre-se que esse é um momento de respiro e carinho consigo.

Momentos como esses são necessários para drenar a energia acumulada.

Lembre-se de que, para orientar mães, a SulAmérica oferece todo o suporte para o cuidado com a saúde física e emocional das beneficiárias mães:

- Futura Mamãe: programa de saúde que apoia as mulheres durante a gestação até o 6º mês de vida do bebê por monitoramento telefônico, central 24 horas de atendimento e visitas presenciais para dar suporte na amamentação. Clique aqui para saber mais.

- Única Mente: oferecemos apoio profissional para prevenir, diagnosticar e tratar algumas das doenças que atingem a vida moderna, como ansiedade, depressão, síndrome do pânico e burnout. Faça sua autoindicação

Além do Psicólogo na Tela e toda a rede referenciada de médicos de família, especialistas e terapeutas, prontos para cuidar da Saúde Integral de todas as mães.

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