Dermatite: o que é, como diagnosticar e como tratar? Doenças Comuns

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A Dermatite é uma reação inflamatória da pele que pode levar ao aparecimento de vermelhidão, coceira, descamação e formação de bolhas em qualquer parte do corpo.

As dermatites podem aparecer em qualquer idade e podem ter inúmeras causas, desde alergias, efeitos adversos de medicamentos, pele ressecada, contato com substâncias irritantes, picadas de insetos e até mesmo a ação de fungos.

Listamos abaixo os oito tipos mais comuns de dermatite, suas principais características e como tratar.

É uma doença genética, crônica, não contagiosa e bastante comum entre brasileiros:

25% das crianças podem apresentar episódios da doença, ao passo que apenas 7% dos adultos serão acometidos, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Sua causa é desconhecida, mas sabe-se que sua origem é hereditária e que pessoas que sofrem com uma condição atópica – como asma, alergia e rinite – têm 25% a mais de chance de ter dermatite, segundo o Ministério da Saúde. 

Um dos tipos mais comuns de dermatite ocorre com mais frequência nas crianças e pode atingir face, mãos, braços, pés e pernas; provoca lesões vermelhas e, em alguns casos, há surgimento de bolhas. Em adultos, as manifestações afetam principalmente dobras de pele, como a parte de trás dos joelhos e dobra dos braços. Provoca coceira intensa.

A pele seca é um dos fatores que contribuem para piora do problema, assim como condições ambientais (calor ou frio extremos) e emocionais, como estresse e ansiedade. Pode ser classificada como leve, moderada ou grave a depender da intensidade dos sintomas.

A alergia pode ser controlada com o uso de cremes e pomadas à base de corticoide. Ao longo do tratamento é importante manter a pele hidratada.

Atinge principalmente o couro cabeludo e regiões mais oleosas da pele, como os cantinhos do nariz, sobrancelhas, face, pálpebras e peito.

Provoca vermelhidão, manchas e descamação. Estudos revelam que esse tipo de dermatite atinge de 1% a 3% da população, com maior predominância nos homens e com pico de incidência entre os recém-nascidos.

Deve sempre ser avaliado por um profissional médico. Podem ser indicados shampoos e cremes que controlam a coceira e a descamação.

Reação de mecanismo incerto que ocorre entre os celíacos (pessoas com intolerância a produtos com glúten) após o consumo de glúten.
Provoca coceira e bolhas avermelhadas que dão a sensação de queimação constante. São mais frequentes nos cotovelos, joelhos, coxas, nádegas e no dorso. Acomete principalmente crianças, adolescentes e adultos do sexo masculino.
Deve sempre ser avaliado  por um profissional médico. Uma vez realizado o diagnóstico, deve ser mantida uma dieta livre de glúten e, se necessário, também podem ser prescritas medicações que reduzem coceira e erupção cutânea.

Também conhecida por dermatite de estase, acomete principalmente pessoas com problemas na circulação do sangue.
Se manifesta através de manchas arroxeadas ou amarronzadas e se localizam nas pernas e nos tornozelos devido às varizes.
Deve ser procurada a orientação de um profissional médico. Medidas como  utilização de meias compressivas e elevação das pernas podem ser úteis.

Também conhecida por dermatite alérgica, ocorre quando a pele é exposta a um componente que provoca irritação ou alergia.
Erupção cutânea, coceira, vermelhidão e descamação são algumas das reações. Detergentes, cosméticos ou até mesmo bijuterias são alguns exemplos do que pode desencadear a dermatite de contato.
Deve ser procurada a orientação de um profissional médico e deve se tentar identificar a substância que provocou a alergia e evitá-la. Também pode-se aplicar um pano umedecido em água fria sobre a erupção cutânea várias vezes ao dia.

É uma doença que aparece na região da face, principalmente ao redor da boca e do nariz, mas que pode evoluir para a área ao redor dos olhos, quando recebe a denominação de dermatite periocular.
A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, porém, é mais comum em mulheres na faixa entre 15 e 45 anos, sendo menos frequente em homens. A causa da doença não é bem-definida, mas a maioria das pessoas têm comprometimento das vias aéreas superiores ou má oclusão oral, ou fazem uso indevido e indiscriminado de corticosteróides tópicos ou inalatórios.
Deve sempre ser procurado um médico para diagnóstico e orientação. Devem ser combatidas as causas da doença (problemas respiratórios, correção de respiração bucal, hábitos de higiene inadequados, dentre outras). A suspensão do uso de cremes com corticosteróides é fundamental.

Doença causada por fungos que podem se localizar na pele, nos pelos e nas unhas.
Eles podem ser transmitidos diretamente (de homem para homem, de animal para homem e da terra para o homem) e também indiretamente, por meio de materiais contaminados. Sendo assim, as fontes de infecção podem ser, consequentemente, o homem, determinados animais (cão, gato, porco, gado, aves, peixes etc.) e o solo. Essas infecções são mais comuns em países de clima quente e úmido, sendo que os de clima tropical e subtropical são os mais afetados.
Um profissional médico deve ser consultado. O tratamento da dermatofitose é simples e deve ser precoce para evitar extensão do quadro e contaminação de outras pessoas. Existem duas modalidades de tratamento: tópico e com medicações por via oral.

Brotoeja é o nome popular da miliária, uma dermatite inflamatória causada pela obstrução mecânica na hora de eliminar o suor pelas glândulas.
Ambientes quentes e úmidos, excesso de roupas e agasalhos, assim como febre alta favorecem o aparecimento dessas lesões. Em geral, elas surgem no tronco, pescoço, nas axilas e dobras de pele, sob a forma de pequenas bolhas de água.
Na maioria das vezes, o problema desaparece sozinho, quando o calor e a umidade do ambiente diminuem, e o paciente permanece em ambientes frescos, ventilados ou com ar-condicionado. Caso não haja melhora, recomenda-se procurar ajuda profissional.


Segundo uma ampla revisão de estudos feitos pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), lesões na pele podem surgir até quatro semanas depois do início dos sintomas da COVID-19. Os sinais mais comuns registrados são manchas vermelhas e coceira. A entidade também destaca que o estudo é recente e que todo o conhecimento relativo ao coronavírus ainda está em construção.

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