Outubro rosa: mitos e verdades sobre o câncer de mama Saúde da Mulher
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Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Mastologia mostra que 80% das mulheres brasileiras entrevistadas consultam um profissional de saúde para se informar sobre o câncer de mama. Ainda assim, muitas informações incorretas circulam na internet, trazendo dúvidas em relação aos fatores de risco e às melhores medidas preventivas. No mês da conscientização sobre o câncer de mama, o Outubro Rosa, desvendamos os mitos e as verdades sobre o tipo de câncer que mais atinge as mulheres no Brasil.

Mito. Apenas de 5% a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários. Ter um parente próximo com câncer de mama aumenta os riscos, por isso o acompanhamento médico é ainda mais importante nesses casos, mas não torna a doença algo inevitável. Do mesmo modo, pessoas sem histórico familiar de câncer de mama também correm risco de desenvolver a doença, e não devem se descuidar.

Mito. Apalpar os próprios seios é uma prática importante, que traz autoconhecimento e empoderamento. Porém, o autoexame não é capaz de detectar tumores não palpáveis – normalmente em estágio inicial e com mais chance de cura. Por isso, além do autoexame, é importante realizar mamografias periodicamente.

Verdade. Menstruar pela primeira vez (menarca) antes dos 11 anos aumenta a probabilidade de ter câncer de mama. Isso acontece porque, a cada menstruação, as mamas são afetadas pela ação do estrogênio e da progesterona. O estrogênio estimula a multiplicação celular, o que aumenta as chances de aparecimento de células malignas. Portanto, quanto mais ciclos menstruais, maior é a exposição aos hormônios, que, associados a outros fatores de risco, aumentam a chance de desenvolver um câncer de mama. Além da idade da menarca, a menopausa tardia também representa riscos, pelos mesmos motivos.

Mito. Até a data de hoje, não há evidências suficientes de que o uso de desodorantes aumente o risco de desenvolver câncer de mama. A associação entre desodorante e câncer surgiu ao se perceber que os sais de alumínio, presentes nos antitranspirantes, podem alterar os receptores de estrogênio, hormônio feminino. No entanto, um estudo indica que apenas 0,012% do alumínio dos desodorantes é absorvido pela pele, o que não representa uma quantidade preocupante. É importante ressaltar que ainda não existem estudos conclusivos sobre os efeitos do alumínio no corpo humano.
Verdade. Como amamentar reduz o número de ciclos menstruais, a exposição aos hormônios diminui, reduzindo os riscos de câncer de mama. Além disso, ao final do período de lactação, várias células se autodestroem, incluindo aquelas que poderiam ter algum tipo de mutação. Quanto maior o período de aleitamento, maior a proteção. Porém, amamentar não impede o aparecimento de um câncer de mama, sendo necessária a realização de exames periódicos.

Mito. Transexuais e transgêneros também podem desenvolver um câncer de mama e devem consultar um mastologista. A terapia hormonal com estrogênio feita por algumas mulheres trans resulta no desenvolvimento de uma mama. Essa mama pode desenvolver um câncer, por isso é importante consultar um médico periodicamente. No caso de homens trans que passaram por mastectomia, o risco existe, mesmo que mínimo. Isso porque após a cirurgia de retirada da mama, ainda resta tecido mamário na região próxima à axila. No caso de pessoas com risco genético hereditário, exames periódicos, como ultrassonografias das mamas, são aconselhados. Vale lembrar que, mesmo que raramente, o desenvolvimento de câncer em tecido mamário masculino também pode acontecer.
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Fontes:
Sociedade Brasileira de Mastologia
INCA (Instituto Nacional de Câncer)
American Cancer Society
