Coronavírus: mantenha sua saúde mental a salvo Epidemias
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A pandemia de COVID-19 obrigou milhões de pessoas no mundo inteiro a respeitar o isolamento social recomendado pelos órgãos oficiais da saúde. Mas a maioria não está preparada para lidar com o estresse e a ansiedade – que podem ser ainda mais comuns em quem está sozinho e tem de encarar a solidão - do recolhimento em casa e pelo medo da doença e da crise econômica.
Quem tem filhos, ainda têm de entreter as crianças ao mesmo tempo que tentam dar conta do trabalho, já que muitas empresas adotaram o sistema de home office. Por isso, cuidar do bem-estar também deve entrar na rotina. Separamos algumas das medidas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde para a população manter a saúde mental durante a pandemia.
Cuidados com você
Para manter a produtividade no trabalho e atender às necessidades de quem depende de você, primeiro cuide de seu próprio bem-estar:
Cuidados com crianças e idosos
Os pequenos podem ficar cheios de dúvidas e ansiosos pelo fato de não poder brincar com os amigos ou ir à escola. Já os idosos sofrem com a solidão do isolamento e o medo aumentado de infecção pela doença. Os cuidados para essas duas gerações inclui desde conversas honestas sobre o assunto até ajuda para as compras.
Crianças
As informações sobre a doença e o que está acontecendo no mundo devem ser transmitidas para as crianças, usando a linguagem mais adequada de acordo com a idade delas As conversas em família são importantes para que as preocupações delas também sejam ouvidas.
Os pequenos devem ser estimulados a expressar os sentimentos a partir de brincadeiras criativas e tarefas lúdicas.
Os adultos devem ajudá-los a manter contato com amigos e familiares por meio de videochamadas.
Idosos
O suporte emocional frequente às pessoas mais velhas, mesmo a distância, é tão importante quanto receber os sentimentos deles com empatia.
As informações sobre a doença devem ser passadas de forma simples e didática. Os idosos também precisam receber orientações sobre as técnicas de prevenção e de que forma podem contribuir para evitar a disseminação.
A ajuda de adultos e adolescentes para realizar tarefas externas, como compras no mercado ou na farmácia, garante que os idosos permaneçam em suas casas.
Medidas para reduzir o pânico
O otimismo e a esperança podem ajudar a amenizar o medo da pandemia.
Evite classificar os infectados com o coronavírus de “vítimas” ou “doentes”. Dizer que são “pessoas que estão com COVID-19”, segundo a OMS, pode ajudar a conter o pânico.
Compartilhe histórias positivas. Qualquer caso de cura da infecção pelo coronavírus deve ser divulgado para elevar a esperança e diminuir a preocupação das pessoas.
E os profissionais da saúde?
Médicos, enfermeiros, assistentes e outros profissionais da área da saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus devem redobrar os cuidados com a saúde mental. Lidar com a ansiedade dos pacientes e de seus familiares, além do trabalho exaustivo em turnos muito longos, aumenta o estresse físico e emocional. A OMS tem recomendações especiais para esses profissionais.
Administrar o estresse e outros sentimentos negativos a partir de conversas com pessoas de confiança ou recorrendo ao acompanhamento psicológico.
Seguir uma boa alimentação e descansar entre os turnos de trabalho.
Manter a conexão com as pessoas que ama, mesmo que de forma virtual, principalmente no caso de profissionais que precisam ficar isolados da família.
Assegurar-se de que está passando as mensagens de forma clara, confiável e responsável para os pacientes, familiares e amigos, também auxilia a manter o bem-estar e a tranquilidade.