Dicas úteis no retorno às aulas em meio à pandemia Epidemias
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Muitas cidades se preparam ou já reabriram as escolas do ensino básico e fundamental. A retomada das aulas presenciais pode representar um alívio para os pais que precisam trabalhar e para as crianças que sentem falta dos amigos e da antiga rotina. No entanto, o assunto também é motivo de preocupação para muitas famílias, que temem pela saúde das crianças e adolescentes durante a pandemia de COVID-19. Como decidir se é o momento de voltar às aulas presenciais, e como se preparar para o retorno à escola? Com base em dois guias da Unicef, respondemos algumas dúvidas das famílias em relação a esse momento delicado.
É essencial que as escolas planejem com antecedência as medidas necessárias para garantir que alunos, professores e outros funcionários tenham um retorno seguro à escola. A volta às aulas presenciais provavelmente será diferente, com protocolos sanitários como uso de máscaras e, em alguns casos, turmas reduzidas. É importante se preparar para um novo fechamento se o número de casos de COVID-19 aumentar novamente na região, ou para uma quarentena em caso de contato ou infecção pelo coronavírus na escola.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), crianças e adolescentes abaixo de 18 anos representam apenas 8,5% dos casos reportados, com poucas mortes e versões mais brandas da doença relatadas nessa faixa etária. Poucos surtos em escolas foram reportados até agora, mas a OMS reforça que o impacto da reabertura das escolas na transmissão comunitária ainda precisa ser avaliado.
Treinar todos os funcionários a adotar um protocolo de medidas de higiene e distanciamento social;
Aumentar práticas de higiene e proteção como lavagem frequente das mãos, etiqueta respiratória (tossir e espirrar no cotovelo), distanciamento social e uso de máscara para as idades indicadas;
Desenvolver aulas e atividades ao ar livre quando possível;
Criar turnos para reduzir o número de estudantes por sala;
Organizar a saída e a entrada da escola para evitar aglomerações;
É normal ter muitas dúvidas quanto a volta às aulas presenciais durante esse momento tão incerto. Por isso, é importante conversar com os funcionários da escola para esclarecer essas questões e entender o funcionamento da escola durante a reabertura. Algumas perguntas que podem ajudar a decidir se vale ou não levar as crianças de volta para a escola são:
Quais as medidas que estão sendo tomadas pela escola para garantir a segurança dos estudantes e funcionários?
Como a escola vai ajudar na saúde mental dos alunos, e como farão para combater o estigma contra os que já estiveram doentes?
Quais opções a escola oferece para alunos que possam precisar de reforço escolar durante este momento?
Como posso ajudar a escola a manter a segurança durante este período?
Converse calmamente sobre as mudanças que ocorrerão na rotina da escola, como o uso de máscaras e a importância do distanciamento. Faça da lavagem de mãos um hábito de toda a família, e lembre a criança de lavar as mãos com água e sabão na escola. Mostre como espirrar ou tossir no cotovelo e pergunte se ela sente algum sintoma, como febre ou dificuldade de respirar. Essa conversa não precisa ser difícil ou assustadora. Transforme o assunto em algo divertido, usando músicas e danças para ajudá-las a memorizar os hábitos e não causar ansiedade.
A volta às aulas presenciais pode expor crianças e adolescentes à doenças como a COVID-19, mas também podem causar um impacto na saúde mental. O medo de contrair o vírus ou mesmo de sofrer bullying por ter ficado doente pode causar ansiedade e mudança de comportamento. Por isso, observe se seu filho ou filha apresenta algum destes sinais:
Febre, dificuldade de respirar, cansaço e tosse
Tristeza, raiva, ansiedade e falta de interesse em atividades