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Como não descuidar da dengue durante a pandemia? Epidemias

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Como não descuidar da dengue durante a pandemia?

Mesmo em tempos de COVID-19, não podemos descuidar de outras doenças. A dengue, por exemplo, é considerada endêmica em algumas regiões do país por conta do seu alto grau de continuidade. Para se ter uma ideia da proporção da incidência mundial da dengue, um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde estima que 3,9 bilhões de pessoas em 128 países estão em risco de infecção pelo vírus da doença. Somente no Brasil, em 2019, houve 1,7 milhões de casos e 754 mortes. 

Por conta da pandemia, o Ministério da Saúde avalia que possa haver subnotificação dos casos de dengue e outras doenças como o zika vírus, chikungunya e febre amarela, também transmitidas por mosquitos.

A temporada com clima úmido, altas temperaturas e chuvas é ideal para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, fator transmissor da doença. Assim sendo, a prevenção é fundamental, eliminando criadouros e controlando a quantidade dos transmissores. Veja a seguir sintomas e tratamentos.

 

 Sintomas da Dengue 

Os primeiros sintomas costumam aparecer de quatro a dez dias depois da picada do mosquito infectado. As pessoas que contraem o vírus da dengue podem sentir:

  • Dores nos músculos, atrás dos olhos, na cabeça, nas costas, abdômen e ossos

  • Febre, fadiga e mal-estar

  • Perda de apetite, tremor ou suor

  • Manchas avermelhadas na pele ou náusea


O vírus da dengue se divide em 4 tipos: Den-1, Den-2, Den-3 e Den-4, uma infecção curada concede ao paciente imunidade há um tipo da dengue apenas. No caso de uma nova infecção, os sintomas tornam-se mais fortes e a possibilidade de se desenvolver dengue grave é maior.

 

Dengue grave (dengue hemorrágica)

De acordo com o Médico Sem Fronteiras (MSF), no caso da evolução da dengue em pacientes que contraíram o vírus, destacam-se três fases: febril, crítica e de recuperação. Na fase crítica, que ocorre entre o terceiro e o sexto dia depois da manifestação dos sintomas, podem surgir complicações da doença chamada dengue grave (também conhecida como dengue hemorrágica), que aparecem devido ao aumento da permeabilidade vascular e da perda de plasma, o que pode levar ao choque irreversível e à morte.

Fique atento aos sintomas das formas hemorrágicas da dengue. Lembre-se de procurar ajuda médica ao menor sinal, isso porque nos casos mais severos, o paciente pode piorar rapidamente.


  • Sangue nas fezes

  • Perda de sangue por baixo das unhas e/ou nas gengivas

  • Vômito com sangue

  • Sangramento uterino 


Qual a diferença entre febre amarela, dengue, zika vírus e chikungunya?

O mosquito Aedes Aegypti transmite, além da dengue, doenças como febre amarela, zika vírus e chikungunya. Os sintomas iniciais dessas doenças costumam ser mal-estar e dor muscular. Apesar das semelhanças, vale prestar atenção às particularidades de cada doença.

 

  • Zika Vírus: pode causar febre baixa, dor muscular, conjuntivite, dor atrás dos olhos e manchas avermelhadas que podem coçar.

  • Chikungunya: pode causar dor incapacitante, náuseas, febre, dor nas costas, fadiga, vômitos, dores musculares, inchaço articular bilateral e manchas avermelhadas.  

  • Febre amarela: pode causar dores nas costas e abdômen, calafrios, fadiga, febre, mal-estar ou perda de apetite,  delírio, dor de cabeça, pele e olhos amarelados ou sangramento.


Não há tratamento específico para a dengue ou dengue grave, ainda assim os cuidados médicos corretos podem reduzir a taxa de mortalidade para abaixo de 1% conforme diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, o diagnóstico precoce é imprescindível. 

 

Dengue em tempos de pandemia

 

Segundo a Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, não há comprovação que a COVID-19 piore os sintomas da dengue. O que se sabe é: a COVID-19 costuma dar falsos positivos no teste sorológico de dengue — isso porque ambas as doenças têm similaridade antigênica, isto é, as duas possuem substâncias parecidas que, quando em contato com o organismo, produz anticorpos. 

É comum confundir ambas as doenças pois há paridade em alguns dos seus sintomas, como febre, dor de cabeça e dor no corpo. Mas diferentemente da COVID-19, na dengue não é usual ter problemas respiratórios. Por outro lado, problemas gastrointestinais e manchas avermelhadas pelo corpo são sintomas mais frequentes da própria dengue.

 

Cuidados e prevenção contra a dengue

Muita gente vai se lembrar das campanhas contra a dengue que víamos na televisão alertando as pessoas contra os perigos da água parada, o ambiente propício para a proliferação do mosquito. A melhor prevenção continua sendo cuidar do ambiente da sua própria casa — ainda mais em tempos de isolamento social:

  • Mantenha caixas d'água fechadas

  • Lave com bucha e sabão tonéis ou depósitos de água, fechando-os com tampa ou tela

  • Guarde garrafas e baldes vazios de cabeça para baixo

  • Feche bem sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre tampada 

  • Lave a vasilha de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana, com bucha, sabão e água corrente


Em caso de sintomas da doença, lembre-se: os beneficiários SulAmérica podem contar com o esclarecimento de dúvidas e orientação preventiva através do serviço de Orientação Médica Telefônica.





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