Adenomiose e Endometriose: qual é a diferença? Saúde da Mulher
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Apesar de terem nomes parecidos e estarem relacionadas ao endométrio, a adenomiose e a endometriose são doenças crônicas ginecológicas diferentes e comuns entre a população feminina.
Conheça as características de cada uma e como elas podem afetar a qualidade de vida da mulher:
Adenomiose
A adenomiose é caracterizada pela invasão do endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero, na musculatura uterina. Estima-se que 35% das mulheres afetadas não manifestam sintomas e as demais apresentam sangramento menstrual abundante, cólicas intensas e infertilidade.
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a prevalência da adenomiose é de 31% a 61,5% das mulheres. Entre os principais fatores de risco estão idade entre 40 e 50 anos, gravidez de gêmeos, gravidez etópica, cirurgia anterior no útero, tabagismo e depressão.
Endometriose
Essa condição ocorre quando o endométrio é formado fora do útero, em órgãos próximos, como ovários, trompas, bexigas e intestino. Cólicas fortes (presente em 90% a 95% dos casos), dor pélvica não relacionada à menstrução, constipação intestinal, dor na vagina e infertilidade são alguns dos sintomas.
A endometriose acomete mulheres que ainda estão no período reprodutivo. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva, grande parcela dos casos são de adolescentes. Além disso, cerca de 40% das mulheres com infertilidade têm endometriose.
Ainda não se conhece exatamente as causas dessa condição, porém existem algumas teorias. Uma das mais conhecidas é a da “menstruação retrógada”, quando o fluxo sanguíneo volta pelas tubas uterinas. Outras hipósteses apontam para falhas no sistema imunológico e fatores genéticos.
Como diagnosticá-las e tratá-las
Ambas as doenças podem ser diagnosticadas por meio de avaliações ginecológicas e exames laboratorais e de imagem. O tratamento dessas condições varia de acordo com cada caso, mas pode incluir o uso de medicamentos hormonais, analgésicos e anti-inflamatórios e, em situações mais graves, cirurgias específicas e até remoção do útero.
Saiba mais sobre endometriose: O que é endometriose?
